Revista Angolana de Extensão Universitária, v.3, n.2, Julho - Dezembro, p. 49-64, 2021
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O Instituto Superior de Ciências da Educação de Benguela e os
Desafios Actuais da Qualidade do Processo de Ensino-
Aprendizagem de História
The Current Challenges of The Quality of The Teaching-learning process of history
in the Higher Institute of Educational Sciences of Benguela
Instituto Superior de Ciencias de Educación de Benguela y los Retos Actuales de la
Calidad del Proceso de Enseñanza-Aprendizaje de la Historia
Isabel Maria Romero Fernandez de Carvalho
1
Instituto Superior de Ciências de Educação de Benguela, Angola
romeroisabel4@gmail.com
José Guende Máquina
2
Instituto Superior de Ciências de Educação de Benguela, Angola
maquinagio@gmail.com
Resumo
Este artigo aborda o estado actual do processo de ensino-
aprendizagem da disciplina de Didáctica Especial no
ano do curso de Ensino da História no ISCED de
Benguela, para condicionar a formação de habilidades,
julgadas, básicas para os primeiros anos da Educação
Superior. Realizou-se uma pesquisa qualitativa com
enfoque descritivo-explicativo. Participaram 9
professores, entre os quais 2 de Didáctica. Utilizaram-se
o questionário e uma grelha de observação de aula.
Obteve-se que apesar da importância do conteúdo para o
aluno, os professores devem preocupar-se com a
formação de um sujeito pesquisador, historiador,
perseguindo o desenvolvimento de categorias de tempo
(permanência/mudança, semelhança/diferença e
simultaneidade) do pensamento e da construção da
cidadania, da tolerância e da cooperação.
Palavras-chave: Educação, processo de ensino-
aprendizagem
Abstract
This article addresses the current state of the teaching-
learning process of the subject of Special Didactics in the
2nd year of the History Teaching course in the ISCED of
Benguela, in order to condition the formation of abilities,
considered basic for the first years of Higher Education.
A qualitative research with a descriptive-explanatory
approach was carried out. Nine teachers participated,
among which two of Didactics. The questionnaire and a
lesson observation grid were used. It was obtained that
despite the importance of the content for the student,
teachers should be concerned with the formation of a
researcher subject, historian, pursuing the development
of time categories (permanence/change,
similarity/difference and simultaneity) of thought and
the construction of citizenship, tolerance and
cooperation.
Key-words: Education, teaching-learning process.
Resumen
Este artículo aborda el estado actual del proceso de
enseñanza-aprendizaje de la asignatura de Didáctica
Especial en el año del curso de Enseñanza de la
Historia en el CINE de Benguela, con el fin de
condicionar la formación de habilidades, consideradas
básicas para los primeros años de la Educación Superior.
Se llevó a cabo una investigación cualitativa con un
enfoque descriptivo-explicativo. Participaron nueve
profesores, entre ellos dos de Didáctica. Se utilizó el
cuestionario y una tabla de observación de clases. Se
obtuvo que a pesar de la importancia del contenido para
el alumno, los profesores deben preocuparse por la
formación de un sujeto investigador, historiador,
persiguiendo el desarrollo de las categorías temporales
(permanencia/cambio, semejanza/diferencia y
simultaneidad) del pensamiento y la construcción de la
ciudadanía, la tolerancia y la cooperación.
Palabras-clave: Educación, proceso de enseñanza-
aprendizaje
1
Doutora. Professora Auxiliar. Departamento de Ciências da Educação
2
Mestre. Professor Assistente. Departamento de Ciências Sociais
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
INTRODUÇÃO
processo de ensino-
aprendizagem reveste-se de um
carácter intelectual como
emocional (Altet, Perrenoud & Paguay,
2003). Para os autores, no processo de
ensino-aprendizagem devem estar
implícitos a atenção, a personalidade do
aluno como um todo em que se
constroem os conhecimentos, destrezas
(habilidades), capacidades, se
desenvolve a inteligência, mas de
maneira inseparável.
Para Allport (1960), a personalidade é a
“organização dinâmica, dentro do
indivíduo, dos sistemas psicofísicos, que
determina o seu ajuste único ao
ambiente”. Essa organização dinâmica
está ligada aos traços de personalidade,
compreendidos como “estruturas
neuropsíquicas com a capacidade de
incorporar diversos estímulos
funcionalmente equivalentes
(Allport.1960).
A construção da personalidade como um
todo e que representa este processo é a
fonte do enriquecimento afectivo em que
se formam sentimentos, valores,
convicções e ideais através dos quais
emerge a própria pessoa e as suas
orientações ante a vida.
Ora, o centro e o instrumento do
aprender é o próprio sujeito que
aprende, sendo que, o aprender é um
processo de participação, de colaboração
e de interacção. Neste processo, a
comunicação entre e intra-grupal
desenvolve o auto-conhecimento, o
compromisso, a responsabilidade
individual e social que elevam,
individualmente. Estrela (1997), diz que
aprender é capacidade para reflectir
pontos de vista divergentes e
criatividade, para a avaliação crítica e
autocrítica, para solucionar problemas e
tomar decisões. O papel protagonista e
activo da pessoa não nega, em resumo, a
mediação social. Considera-se que nos
marcos da aprendizagem escolar, esta
perspectiva permite transcender a noção
do estudante, como um mero receptor,
um depósito ou um consumidor de
informação, substituindo-a por um
aprendiz activo (e interactivo), capaz de
realizar aprendizagens permanentes em
contextos sócio-culturais complexos, de
decidir o que necessita de aprender, que
recursos têm que obter para fazê-lo e
que processos deve programar para
obter produtos individual e socialmente
valiosos. Desta perspectiva, deriva
igualmente a noção de uma
aprendizagem significativa e
desenvolvedora.
o
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
Tendências sobre o processo de
ensino-aprendizagem de história à
luz da pedagogia contemporânea
A presente perspectiva visa sistematizar
os pressupostos teóricos disponíveis nas
ciências pedagógicas actuais, que
contribuem para o desenvolvimento de
habilidades no processo de formação do
docente de história.
Alcançar tais metas implica, cada vez
mais, que o professor tenha um
conhecimento cada vez mais completo,
tanto das características psicológicas
dos alunos como dos procedimentos de
trabalho que lhes permitam incidir no
seu desenvolvimento.
Nos dias de hoje, na ciência pedagógica,
se põem de manifesto duas tendências
aparentemente contraditórias:
Por um lado, se realizam buscas
para encontrar os métodos mais
efectivos para a direcção do
processo de aprendizagem dos
alunos;
Por outro, se enfatiza a
possibilidade de uma actividade
cognoscitiva de carácter activo, a
formação de habilidades para a
busca independente dos
conhecimentos.
De facto, a acepção do papel activo
do aluno no processo de ensino-
aprendizagem, não significa, de
modo algum, que a actividade
docente se separe do conjunto de
factores que estão socialmente
condicionados para que ela não
possa ser dirigida desde fora. A
actividade cognoscitiva,
correctamente organizada, não
elimina a iniciativa ou
independência dos alunos, mas
propicia as mais favoráveis
condições para a actividade criadora
destes bem como o desenvolvimento
das suas capacidades.
Se o professor é um mediador entre o
sujeito que aprende (o aluno) e os
conhecimentos a aprender, para realizar
eficazmente essa função “tem de
possuir, para além de conhecimentos de
tipo declarativo (saber), também um
conhecimento processual (saber-fazer) e
uma postura relacional (ser, estar em e
com). Necessita, além disso, de se mover
à vontade num raciocínio de tipo
abstracto que lhe permita prever as
consequências das suas próprias acções
e levantar hipóteses sobre as possíveis
reacções dos seus alunos e as suas
causas” (Alarcão, s/d: 33). Neste caso,
está-se a falar de competências ou de
habilidades.
Existe, em Angola, um grande problema
na formação de docentes e no
desenvolvimento das suas habilidades
profissionais, problema este, que na
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
tentativa de resolução moveu e move,
até hoje, investigadores nacionais e
internacionais em prolongadas
pesquisas a fim de poder descobrir ou
encontrar as melhores maneiras de
ajudar a formar, com eficiência, os
formadores de professores.
Ora, o profissional da educação, no
exercício da sua profissão, exerce
múltiplas acções na sua actividade
pedagógica nos diferentes contextos de
actuação, as quais exigem uma
adequada formação académica, laboral e
para investigativa que se sintetiza nas
habilidades profissionais como o núcleo
essencial para o desempenho
competente e, assim, cumprir as funções
e as tarefas do seu encargo social na
preparação das gerações de acordo com
as necessidades da sociedade.
Actualmente, é fundamental a formação
e desenvolvimento das habilidades nos
estudantes através do processo do
ensino-aprendizagem, embora exista
uma grande divergência nas concepções
sobre a natureza das habilidades, sobre
o lugar que ocupam nas actividades e a
relação com os requisitos a ter em conta
para a sua formação e desenvolvimento.
Porém, no ensino superior o
desenvolvimento das habilidades
profissionais converte-se numa tarefa
essencial do processo de ensino-
aprendizagem.
De facto, a acepção do papel activo do
aluno no processo de ensino-
aprendizagem, não significa, de
nenhuma forma, que a actividade
docente se separe do conjunto de
factores que estão socialmente
condicionados; que ela não possa ser
dirigida desde fora. A actividade
cognoscitiva, correctamente organizada,
não elimina a iniciativa ou
independência dos alunos, mas propicia
as mais favoráveis condições para a
actividade criadora dos alunos e o
desenvolvimento das suas capacidades.
1. Contexto actual da nossa
realidade nos subsistemas do
Ensino Geral (I e, II Ciclos)
Na abordagem de algum assunto
relacionado com o Ensino da História
constitui quase obrigatório, no ponto de
partida, de se esclarecer o significado
etimológico do vocábulo História, a raiz
da palavra destinada a revelar factos,
relatos, quer dizer, os conteúdos
descritivos através dos quais se
conheceu o passado dos povos. Mas, o
marco dessa primeira definição foi-se
ampliando até se converter num
conceito moderno que considera o
passado das sociedades tanto no aspecto
objectivo como no cognitivo.
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
O primeiro, se refere à História como um
conjunto de processos em que o objecto
determinado, dentro de um espaço
temporal e espacial, é possível
transformar-se e desenvolver-se e ter
um conjunto de relações internas,
seguindo determinadas tendências, a
se converter num novo objecto. Por
conseguinte, também pode considerar-
se como História, a História da
Humanidade, no seu conjunto com a
qual os limites de espaço e de tempo
ficam ampliados consideravelmente.
O segundo aspecto, provém da
consideração de que a História não é
objecto, realidade de ensino, o dito
conceito também abarca o aspecto
cognoscitivo, quer dizer, aquilo que se
refere ao reflexo dos mencionados
processos objectivos das sociedades na
mente dos homens.
A primeira concepção de História como
conhecimento, se limitava a considerá-la
exclusivamente como uma colecção e
descrição de realidades do passado, que
não ultrapassava a qualidade de simples
noção.
A responsabilidade de formar cidadão,
na escola, está maioritariamente na
disciplina de História. Porém, mesmo
que a história seja detentora do
conhecimento das origens, não cabe
somente a ela mudar essa realidade onde
a falta de moral e de civismo é evidente
em muitas sociedades (Pinzan, 2010).
Assim, considera-se a disciplina de
história como sendo uma de entre outras
disciplinas que muito contribui na
educação da moral dos alunos.
Porquanto, o professor de História pode
ensinar o aluno a adquirir as
ferramentas de trabalho necessárias: o
saber-fazer, o saber-fazer-bem, lançar os
germes do histórico. Ele é o responsável
por ensinar e a valorizar a diversidade
dos diferentes pontos de vista. Ao
professor cabe ensinar o aluno a levantar
problemas e a reintegrá-los num
conjunto mais vasto de outros
problemas.
Sabe-se que, com a Nova História,
deixou-se de estudar somente a história
política e militar onde se cultuava os
nomes dos grandes heróis e as suas
respectivas datas. Porém é importante
conhecer um pouco dessa história para
dar um sentido a nossa identidade
nacional.
É preciso conhecer o processo histórico,
para saber-se, por exemplo, o que
significam os monumentos da nossa
cidade, qual a razão de se preservar o
que se encontra nos museus, isso
também é cultura cívica e é,
extremamente necessária para enaltecer
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
o sentimento de pertença, a nossa
identidade.
Uma abordagem muito relevante no
ensino de história e que ajuda na
formação de cidadãos, é a cultura. Com
esta abordagem nascem as
problematizações. O que é cultura?
Como funciona a cultura? E a mais
difícil. Como conciliar cultura e ensino
de história?
Assim, a cultura opera em tudo aquilo
que nos rodeia, nos costumes, nos
pensamentos, no que vestimos, no que
comemos, no que acreditamos.
Funciona naquilo que fazemos e no que
não fazemos ou não podemos fazer.
Então, cultura é um regimento de tudo
que nos cerca.
Deste modo, cabe ao professor de
história ensinar aos alunos o saber-fazer
histórico.
O professor deve considerar a escola
como um espaço físico que têm um
sistema de valores implícitos e que
poderão contribuir, ou não, para que
este espaço se transforme em lugar
propicio de laços afectivos, de
sentimentos de identidade e de
pertença. Portanto, o professor também
é um agente/sujeito transmissor da
cultura e devem utilizar-se desta
ferramenta, dentro e fora do espaço
escola, para formar cidadão, com valores
morais, e cívicos (Ribeiro, 2004).
Portanto, segundo Pinzan (2010), para
termos uma sociedade mais composta
de cidadãos, com um senso crítico
aguçado sobre a política actual e a
sociedade, é fundamental que se comece
a corrigir na base da sociedade, as
crianças. Corroborando com Pinzan
(2010), são as novas gerações, as
crianças de hoje que irão eleger no
futuro. Por essa razão, é possível, por
meio do ensino da história e também da
escola, ensinar as crianças a pensar, a
deixar de lado o senso comum, a serem
mais críticas, autónomas e criativas.
Portanto, cabe aos professores e
particularmente ao professor de história
ensinar o que é a cultura, o que é a
política, o que é a moral, o que é o
civismo. Assim, talvez se possa
modificar a frase "falta um pouco de
moral na política e na sociedade
(Pinzan, 2010). Por conseguinte,
verifica-se que os professores de
História do I ciclo do Ensino Secundário
preocupam-se mais com o cumprimento
dos conteúdos dos programas do que
incentivar os alunos a gostar e
interessar-se pela disciplina para que
estes conciliem os ensinamentos desta
com a vida quotidiana e alcancem a
consciência histórica.
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
De facto, estamos diante de um contexto
actual, em que o Ensino da História no I
Ciclo ainda é predominantemente
voltado para o repasse de conhecimento,
a imitação subalterna o que sedimenta,
no aluno, uma atitude passiva,
copiadora, imitativa, dificultando
qualquer perspectiva de um projecto
moderno e próprio de desenvolvimento
é urgente e necessário construir a
didáctica do aprender a aprender, no
quadro globalizado do conhecimento
moderno.
Outrossim, é a forma como são
repassados os conteúdos das disciplinas
em sala de aula. Nesse sentido, muitos
dos problemas mesmo que externos à
escola reflectem no dia-a-dia da sala de
aula. E é nessa mesma atmosfera
problemática que muitos dos problemas
emergidos na educação afectam directa
e indirectamente a disciplina de história.
São problemas de todos os tipos, que vão
do mau comportamento de um aluno à
interferência da comunidade no ensino
da história.
Quase sempre que reflectimos sobre os
problemas da educação no IIº Ciclo de
Formação de Professores justificamos
variados contextos dentre eles
destacam-se a escassez de material
didáctico, o número elevado de alunos
em sala de aula e o cumprimento
obrigatório dos programas o que não
permitem muitas vezes a flexibilidade do
curriculo para atender os alunos com
maior dificuldade. No entanto, dentre os
probelmas acima referenciados,
dificilmente é comentada a prática
pedagógica do professor. Pois, é a forma
em que é realizada a prática pedagógica
que muitas das vezes se superam os
problemas vivenciados por professores e
por alunos.
Em Angola muitas investigações ao nível
da licenciatura apontam que grande
parte de alunos tem problemas com a
escola, tais como, reprovação, desânimo
para o estudo, fuga as aulas entre outros.
Mas, traçando um panorama destes e
outros problemas, percebe-se que todos
nascem da vivência do aluno no seu
contexto social, seja pela manipulação
de drogas, por envolvimento em práticas
ilícitas em que a maior parte dos
adolescentes têm como seu melhor
amigo um consumidor de substancias
adictivas e geralmente um membro da
familia como se refere Romero (2013);
seja por submersão ao trabalho diário,
que muitas crianças e adolescentes
executam para complementar a precária
renda familiar, ou pela distância a que a
escola se localiza, a realidade é que os
alunos quando vão para a escola, vão
com todos os seus problemas e
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
dificuldades, tendo o professor
conhecimento sobre essa realidade. Por
essa razão a escola contemporânea exige
que o profissional da educação, seja
mais que professor, seja um educador e
reconstrutor de consciências.
Deste modo, o professor deve
comprovar a eficiência do seu trabalho,
desde a precisão adequada dos
objectivos preconizados, à análise
cuidada a fim de particularizar a
assimilação dos conhecimentos por si
transmitidos e a aquisição das
habilidades. O professor na sua prática
pedagógica deve ser, além de professor,
um educador, um mestre, um perceptor,
renovador, um inovador. Deve estimular
a criatividade e a autonomia do aluno,
fazendo com que este seja um receptor
activo como se refere Silva, Pesce e Netto
(2018). Portanto, o aluno não deve
receber apenas informações, ele
necessita de ser um receptor activo, para
colocar o conhecimento adquirido em
prática. Ou seja, é necessário que tanto
as instituições escolares como e
professores tragam para a sala de aula
novas metodologias de ensino, em que
colocam
o aluno como protagonista, em que
poderá expor a sua opinião, as suas
experiências, e construa conhecimentos
(Gercimar Martins Cabral Costa, 2020).
Deste modo corroboramos com
Jonathan Rosa Moreira e Jefferson
Bruno Pereira Ribeiro (2020), quando
se refém que a escola nos dias de hoje,
deve ter tendências metodológicas
pautadas na facilitação da
aprendizagem, onde a interação em sala
de aula valoriza o protagonismo e a
autonomia discente. Para tal, é
imprescindível abrirem-se espaços para
o incentivo à criatividade, o respeito às
diferenças, as experiências e vivências
de todos os envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem, de modo a
resinificar os conteúdos escolares e a
estabelecer conexões às práticas sociais.
Portanto, somente repassar o
conhecimento obrigatório da disciplina
não atende mais às necessidades dos
alunos no século XXI, pois estes chegam
à escola moldados pelas mudanças
sociais, económicas, culturais e
tecnológicas da sua vida quotidiana. Há,
por conseguinte, a necessidade de se
mudar pelo menos os métodos de
ensino, a prática pedagógica.
No caso da disciplina de História, para
que ela cumpra com a sua função social
no processo de formação das novas
gerações, é necessário estabelecer uma
relação correcta entre todos os
componentes do processo de ensino.
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
A relação entre os objectivos, o
conteúdo, os métodos, os meios e a
avaliação, deve ser estreita, e,
especialmente significativa. Deve-se ter
em conta o vínculo dos três primeiros
componentes, particularmente, o papel
fundamental dos métodos na
organização da actividade cognoscitiva
do aluno para o cumprimento dos
objectivos traçados numa actividade
docente determinada.
O diagnóstico efectuado, no Instituto
Superior de Ciências da Educação
(ISCED) de Benguela, demonstrou que o
contexto actual do Ensino da História
ainda é predominantemente voltado
para o repasse de conhecimento: Atitude
passiva, copiadora, imitativa do aluno, o
que dificulta a aprendizagem
desenvolvedora.
A análise sobre o programa de Didáctica
do Ensino da História do ano do
ISCED de Benguela, permite afirmar
que a unidade IV- Os conteúdos do
Ensino da História (4.2- Sistema de
habilidades), não clarifica nem
aprofunda as habilidades intelectuais ou
do pensamento; as habilidades próprias
da ciência, como as de trabalho com
fontes do conhecimento histórico e as
habilidades gerais do processo docente.
Assim, julga-se pertinente e necessário
aperfeiçoar-se a preparação teórica e
metodológica dos professores de
História formados no ISCED, para que
os mesmos desenvolvam um processo
pedagógico de forma tal, que possibilite
aos estudantes uma aprendizagem
integral, que motive a investigação e o
estudo da História.
Torna-se, porém, necessário formar-se
um docente de História, que seja capaz
de dirigir o processo pedagógico na
escola de forma criadora e que permita
melhores resultados no ensino-
aprendizagem da História e o
desenvolvimento de uma investigação
autónoma.
Porquanto, o profissional da Educação
no exercício da sua profissão exerce
múltiplas acções na sua actividade
pedagógica nos diferentes contextos de
actuação, as quais exigem uma
adequada formação académica, laboral e
investigativa, sintetizada nas
habilidades profissionais como o núcleo
essencial para o desempenho
competente, bem como para cumprir as
funções e as tarefas do seu encargo social
na preparação das gerações conforme às
necessidades da sociedade.
Deste modo, torna-se imperioso
questionar: Como contribuir para o
desenvolvimento das habilidades
pedagógicas nos estudantes do ano do
ISCED/Benguela através da disciplina
de Didáctica da História para fortalecer
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
a qualidade do ensino dos futuros
profissionais de educação?
Metodologia
Quanto à metodologia, a investigação é
aplicada, norteada para solucionar um
problema do processo de Ensino da
História. Do ponto de vista gnosiológico
é descritiva e explicativa, com carácter
qualitativo. Porquanto, se depararam
lógicamente com factores de ordem
interna e externa, consubstanciados na
existência de docentes de História
qualificados, com elevado nível de
criatividade por parte dos mesmos;
aceitável nível de organização do curso
de História, em particular, e do
Departamento de Ciências Sociais, em
geral, como também, remunerações
baixas; falta de estímulos, débeis
condições de trabalho na instituição e
fora dela, entre outros, está presente o
paradigma qualitativo.
Com início na revisão da bibliografia
sobre o tema, nomeadamente, literatura
ligada à Didáctica Especial do Ensino da
História, Metodologia do Ensino da
História, Guias Metodológicos,
Currículos de História, Programas e
outras obras, também se recorreu ao
Inquérito por questionário. Esta técnica
permitiu conhecer quais as estratégias
de ensino usadas pelos professores.
Trabalhou-se, para o efeito, com uma
população de 9 professores, entre eles 2
que leccionam Didáctica, assim como,
aqueles que lidam com cadeiras de
formação de habilidades profissionais
de História.
Os resultados esperados prendem-se
com o corpo de recomendações
científicas para uma elevação da
qualidade da educação universitária:
rigor de pensamento e do sentido crítico
do educando pelo domínio dos métodos
de análise de situações sociais.
Assim, considerando que o futuro
docente de História formado no ISCED
de Benguela deverá: onstruir a atitude
de pesquisa e de elaboração própria;
dirigir o processo pedagógico na escola
de forma criadora e, por conseguinte,
melhores resultados no ensino e
aprendizagem da História e, o
desenvolvimento de uma investigação
autónoma. Foram traçados os seguintes
objectivos.
Para cumprir com o objectivo traçado
foram levadas à cabo as seguintes
a) Diagnosticar o estado actual do
tema na cadeira de Didáctica
Especial de História.
b) Determinar as habilidades
pedagógicas para o ensino da
História.
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
Resultado do inquérito aplicado
aos professores
A investigação foi marcada por um
contexto consubstanciado na existência
de docentes de História qualificados,
entre os quais um PhD e vários Mestres;
elevado nível de criatividade por parte
dos mesmos; aceitável nível de
organização do curso de História, em
particular, e do Departamento de
Ciências Sociais, em geral; como
também, remunerações baixas; falta de
estímulos; débeis condições de trabalho
na instituição e fora dela, entre outros.
Todavia, durante a sua formação os
docentes apontaram como principais
dificuldades: - A insuficiência de
bibliografia, a articulação entre o
trabalho e o estudo.
Um inquérito aplicado baseou-se em
algumas questões, cujos resultados são
avaliados seguidamente.
Tabela 1- Referente a actividade
profissional e a relação com a formação.
Considera que a
actividade profissional
principal que exerce
está relacionada com a
sua formação?
n
%
Sim
9
100
Não
0
0
Total
9
100
Perante a interrogação, considera que a
actividade profissional principal que
exerce está relacionada com a sua
formação, foi satisfatório constatar que
todos os professores entrevistados
exercem a actividade profissional
relacionada com a sua formação.
Era um assunto de partida, tanto quanto
a qualificação professional é sempre
uma condição mínima para um ensino
de qualidade; as exigências da época
contemporânea com base ao cúmulo de
informação, do tempo de formação, bem
como os detalhes que prescrevem hoje
as ciências da educação, não permitem
em modo algum a improvisação no
processo de ensino.
Tabela 2 Referente aos métodos de
trabalho independente usados na sala de
aula
Relativamente a questão relacionada
com os métodos de trabalho
independente usados nas suas aulas, os
resultados obtidos confirmam que a
maioria dos professores abordados
(77,77%) utiliza pouco os métodos de
trabalho independente. Tal revelação,
para além de que dificulta o
n
%
2
22,22
7
77,77
0
0
9
100
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60
Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
atendimento por parte do professor das
diferenças individuais que se observam
num conjunto de alunos de uma turma,
acusa uma situação muito desfavorável
para a formação e desenvolvimento de
habilidades. Antes se viu que a
Didáctica sustém a exercitação, a
actividade como fonte e apoio principal
para o que tem a ver com as habilidades.
Resulta evidente que onde não se
procura ou se insiste pouco na
independência dos alunos, o ensino
resulta verbalizado e a aprendizagem
acaba sendo memorizadora. Eis aqui,
portanto, uma primeira fraqueza que
precisa ser atendida aos efeitos do
propósito em questão.
Tabela 3 Referente ao uso dos
métodos problemáticos durante a
aula
Na mesma linha de pensar, aqueles
métodos que apontam para uma
aplicação mental dos alunos entanto
geram neles a obrigatoriedade de
resolver tarefas, neste caso de carácter
teórico, são recursos de uma vinculação
estreita com o assunto das habilidades,
se forem lembradas as habilidades de
pensamento lógico e das operações
mentais. Com este motivo considerou-se
importante saber em que medida utiliza
os métodos problemáticos nas suas
lições.
Foi satisfatório conferir, no entanto, que
a maioria dos professores abordada
utiliza muito os métodos problemáticos
nas suas lições, o que, certamente, tem
ajudado ao desenvolvimento das
habilidades lógicas, pelo facto de os
referidos métodos permitirem que os
alunos sigam mentalmente a lógica da
solução de problemas e assimilam as
etapas da solução.
Tabela 5 Referente ao uso de
meios de ensino nas aulas
Outro recurso didáctico, muito
importante para a formação e
desenvolvimento das habilidades, é o
meio de ensino usado. Ante a pergunta
se utiliza os meios de ensino nas suas
lições? Os resultados obtidos valorizam
a utilização dos meios de ensino pelos
Em que medida utiliza os
métodos problemáticos nas
suas lições?
n
%
Muito
7
77,77
Pouco
2
22,22
Muito Pouco
0
0
Total
9
100
Utiliza os meios de
ensino nas suas lições?
n
%
Muito
7
77,77
Pouco
0
0
Muito Pouco
2
22,22
Total
9
100
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Romero, Isabel Maria Fernandez de & Máquina, José Guende
professores de História nas suas lições,
enquanto veículos mediante os quais se
manifesta o método, ou seja, o portador
material do método.
No que diz respeito à questão quais são,
em sua opinião, os factores que não
favorecem o ensino da História, os
professores apontaram: O pouco
interesse dos estudantes, a não
existência suficiente de recursos
materiais e bibliográficas; a pouca
motivação para a História por parte dos
estudantes; a falta de tempo, e excesso
de actividades colaterais ao trabalho
técnico-docente.
Uma última interrogante não poderia
faltar: O professor, nas suas aulas,
ensina as habilidades pedagógicas? Os
professores consultados reconheceram a
importância que tem o ensino das
habilidades pedagógicas no ensino da
História, que o ISCED é uma
instituição vocacionada para a formação
de profissionais docentes. Realçaram,
neste sentido, que as habilidades,
formando parte do conteúdo de uma
disciplina, caracterizam o plano
didáctico, portanto, as acções que o
estudante realiza ao interactuar com o
seu objecto de estudo, com o fim de
transformá-lo.
Todos estes aspectos devem-se ter em
conta na hora de conceber acções, bem
como para uma tomada de decisões
relativas à problemática objecto de
análise.
Todos estes aspectos devem-se ter em
conta na hora de conceber acções, bem
como para uma tomada de decisões
relativas à problemática objecto de
análise.
Análise sobre a observação de
aulas
Com o propósito de diagnosticar o
estado actual do tema nas cadeiras de
Didáctica especial de História e História
da Idade Média (que visa a formação de
habilidades profissionais de História),
foram observadas algumas aulas do
ano de História do ISCED de Benguela,
tendo-se constatado que:
Não foram esclarecidas as habilidades
intelectuais ou do pensamento;
Não houve algum tipo de atendimento às
habilidades de expressão ou
comunicação;
Em algumas vezes a aula conseguiu
prender a atenção do aluno;
Não foram feitos exercícios de fixação ou
outro tipo de actividade, como o manejo
da tecnologia;
Não houve algum tipo de atendimento
individualizado;
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Em algumas vezes foram esclarecidas as
dúvidas
Considerações finais
Uma compreensão efectiva da questão
das habilidades não pode ter lugar
somente com o concurso da Pedagogia
vista de forma geral. Certos
fundamentos filosóficos e psicológicos,
para além de aspectos concretos
estudados pela Didáctica, vêm em
auxílio necessário para uma abordagem
profunda e íntegra deste elemento
importante do conteúdo de ensino-
aprendizagem. Pressupostos teóricos
concernentes à actividade, às
motivações, bem como à força do lúdico,
confluem numa mistura indivisível que
não pode ser fornecida por uma ciência
isolada.
O modo de actuação do profissional,
muito ligado ao domínio de
determinadas habilidades, tem no
ensino da História uma conotação
especial derivada das exigências nesta
disciplina de habilidades únicas, por
causa do compromisso em termos de
valores inerentes ao historiador.
O estado actual do processo de ensino-
aprendizagem da disciplina de Didáctica
Especial no ano de História no ISCED
de Benguela, que refere uma situação
lamentável no que diz respeito às
habilidades pedagógicas e competências
profissionais na docência da
especialidade de História, pode ser
resolvido com a aplicação dos recursos
teóricos disponíveis nas ciências
pedagógicas actuais, contribuintes para
o desenvolvimento das habilidades
pedagógicas no processo de formação do
docente de História.
Com base aos pressupostos teóricos
aportados pelas ciências afins à
educação, com apoio no papel das
habilidades no ensino da História, ao
conhecimento dos tipos de habilidades
propícias para fortalecer a qualidade do
ensino da História, incluindo as
habilidades profissionais, e tendo em
conta as estruturas internas, ou
invariantes, ou algoritmo para o
tratamento das habilidades, podem-se
desenhar recomendações metodológicas
efectivas para elevar a qualidade do
ensino de História na Educação
Superior.
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Universitária
Recebido em 19 de Novembro de 2021
Aceite em 28 de Dezembro de 2021