Educação Ambiental como Processo Educativo além dos Muros da Universidade em Tempos de Pandemia

Palavras-chave: Educação, Processos educativos, Extensão

Resumo

Os problemas ocasionados no ambiente pelas diversas ações humanas somados à falta de conhecimento sobre a temática ambiental, e os processos educativos, vêm sendo objeto de diversas discussões desde as décadas de 1960 e 1970 em vários países, dentre eles o Brasil. Com suas origens em lutas e conquistas de movimentos ambientalistas, fora dos âmbitos educacionais, essa discussão avançou de maneira fragilizada no que diz respeito às questões teórico-metodológicas, podendo ser observadas limitações no que diz respeito às propostas de Educação Ambiental em uma perspectiva crítica e a sua relação com a comunidade. Neste contexto, em que tais limitações são observadas, se faz necessário que a Educação Ambiental seja abordada nas escolas, e na comunidade por meio de ações de extensão numa ótica que busque romper com práticas reducionistas, pontuais e pragmáticas. Não podemos nos tornar reféns de ações que objetivam somente separar resíduos, plantar árvores e economizar recursos num período no qual a pandemia ocasionada pela Covid-19 nos mostra que cada vez mais precisamos repensar a nossa relação com o ambiente. É preciso avançar em discussões que levem até os nossos alunos e comunidade em geral a compreensão de uma Educação Ambiental crítica que questiona o atual modelo de sociedade-natureza. Diante disso, este trabalho objetivou apresentar diversas ações de Educação Ambiental que estão sendo realizadas por meio de parceria Universidade-Escola-Sociedade para que a extensão seja possível, promovendo a formação de agentes que atuem em espaços formais, não formais e informais para além dos muros da Universidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Anelize Queiroz Amaral, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas, Mestre e Doutora em Educação. Professora Adjunta do curso de Ciências Biológicas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, no programa de Pós-Graduação Restauração Florestal. Atua em diversos projetos socioambientais, entre eles, coordena a Sala Verde nas Ondas do Rio Iguaçu: a dimensão política da Educação Ambiental, uma chancela do Ministério do Meio Ambiente no com projetos sendo desenvolvidos Brasil, África, Itália, Suécia e Honduras.

Daniela Macedo de Lima, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Mestre em Ciências Biológicas (Botânica)  e Doutora em Ciências (Agronomia - Produção Vegetal) pela Universidade Federal do Paraná. Professora da UTFPR Campus Dois Vizinhos/PR. Atua principalmente na área de Botânica, no Ensino de Morfologia Vegetal e Fisiologia do Crescimento e Desenvolvimento Vegetal, propagação vegetativa e sexuada, Plantas alimentícias não convencionais, Plantas medicinais e Mandala sensorial e Educação Ambiental.

Rosangela Maria Boeno, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil

Doutora e Mestre em Educação pela PUCPR. Possui especialização em Pedagogia Escolar; Neuropsicologia; Docência no Ensino Superior. Possui graduação em Pedagogia pela UNIOESTE (2000). Atualmente é professora adjunta do magistério superior da UTFPR - Campus Dois Vizinhos e exerce a função de Assessora de Avaliação Institucional. Atua principalmente com os seguintes temas: inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, formação para pais e professores e ambientalização curricular.

Daniela Estevan, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil

Professor Associado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Dois Vizinhos, e curadora do herbário DVPR. Graduação em Bacharelado (2003) e Licenciatura (2002) em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina, mestrado em Ciências Biológicas na área de Botânica pela Universidade Estadual de Londrina (2006), e doutorado em Agronomia Universidade Estadual de Londrina (2010). Experiência na área de Botânica, atuando principalmente nos seguintes temas: taxonomia, dendrologia, florística e fitossociologia de florestas do bioma Mata Atlântica. Atuando em projetos de extensão como Escola e Família e Sala Verde.  

Referências

Adorno, T. W; Horkheimer, M. (1985). Dialética do Esclarecimento. (G.A. Almeida, Trad.). Rio de Janeiro, RJ: Zahar.

Amaral, A. Q. (2018). Educação Ambiental e a Dimensão Política: um estudo de caso do Programa de Formação de Educadores Ambientais da Usina Hidroelétrica de Itaipu Binacional. (Tese de Doutorado). Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.

Arendt, H. A. (2014). Condição Humana. 10 ed. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária.

Bauman, Z. (2001). Modernidade Líquida. Tradução Plínio Dentzien. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar, 2001.

Bauman, Z. (2008). Vida para Consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. (Medeiros, C. A., Trad.). Rio de Janeiro, RJ: Zaha.

Bornheim, G. (1985). Filosofia e Política Ecológica. Revista Filosófica Brasileira. 2 ed. São Paulo, SP: Cultrix.

Brugger, P. (2004). Educação ou adestramento ambiental? 2 ed. Florianópolis, SC: Argos.

Camargo, D. R. de. (2016). Os conceitos de Sustentabilidade e de Desenvolvimento Sustentável na Produção Teórica em Educação Ambiental no Brasil: um estudo a partir de teses e dissertações. (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Rio Claro.

Carvalho, L. M. (2000). Educação Ambiental e a Formação de Professores. In: oficina panorama de educação ambiental no Brasil. Brasília. Panorama da Educação Ambiental no Ensino Fundamental. Brasília: Ministério da Educação, v. 1, 55-64.

Carvalho, L. M. (2006). A temática Ambiental e o Processo Educativo: dimensões e abordagens. IN: Cinquetti, H. S. & Logarezzi, A. (Orgs.). Consumo e Resíduos – Fundamentos para o trabalho educativo. São Carlos, SP: EDUFSCar, 19-43.

Denzin, N. K. & Lincoln, Y. S. (2006). O planejamento da Pesquisa Qualitativa: teorias e abordagem. (Netz, S. R., Trad.). Porto Alegre, RS: Artmed, 2006.

Devechi, C. P. V. & Trevisan, A. L. (2010). Sobre a Proximidade do Senso Comum das Pesquisas Qualitativas em Educação: positividade ou simples decadência? Revista Brasileira de Educação, 15 n. 43, 148-201.

Gibbs, G. (2009). Análise de Dados Qualitativos. (Costa, R. C., Trad.). Porto Alegre, RS: Artmed, 2009.

Layrargues, P. P. & Lima, G.F.C. (2002). O cinismo da Reciclagem: o significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental. In: Loureiro, C. F. B., Layrargues, P. P. & Castro, R. de S. (Orgs.). Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania. São Paulo, SP: Cortez. 179-219.

Layrargues, P. P. & Lima, G. F. C. (2014). As macrotendências Político-Pedagógicas da Educação Ambiental brasileira. Ambiente & Sociedade, 17, n.1, 23- 40.
Ministério da Saúde. Brasil. (2021). O que é a Covid-19? Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/o-que-e-o-coronavirus. Acesso em: 16 jun. 2021.
Publicado
2022-02-14
Como Citar
Amaral, A., de Lima, D., Boeno, R., & Estevan, D. (2022). Educação Ambiental como Processo Educativo além dos Muros da Universidade em Tempos de Pandemia. Revista Angolana De Extensão Universitária, 3(1), 10-23. Obtido de http://www.portalpensador.com/index.php/RAEU-BENGO/article/view/384